terça-feira, 29 de maio de 2012

Preparo de soluções



Introdução


Solução verdadeira é o nome dado a dispersões cujo tamanho das partículas dispersas é menor que 1 nanômetro (0,000000001 m). A solução  verdadeira caracterizada por formar um sistema homogêneo (a olho nu e ao microscópio), por ser impossível separar o disperso do dispersante por processos físicos convencionais. Os componentes de uma solução são: soluto e solvente. O soluto é a substância dissolvida no solvente, em geral, está em menor quantidade na solução(1). Solvente é a substância que dissolve o soluto. Elas têm grande aplicação na atividade em laboratórios, seja em nível acadêmico, seja em nível industrial.

OBS: As dispersões são classificadas em soluções verdadeiras (0 a 1 nm), soluções coloidais (0 a 1000 nm) e suspensões (acima de 1.000 nm). Nosso tópico será apenas as soluções verdadeiras,as quais serão chamadas apenas de soluções.

Classificação das soluções quanto ao seu estado físico: podem ser sólidas, líquidas ou gasosas.


solução líquida: pelo menos um dos componentes encontra-se no estado líquido exemplos: refrigerantes, HCl 1M... 

solução sólida: os componentes estão no estado sólido a temperatura ambiente exemplos: bronze  que é uma liga de Cu+Sn, Ouro(Au) 18K é uma liga composta de (75%Au+12,5%Cu+12,5%Ag). 

solução gasosa: todos os componentes se encontram no estado gasoso um bom exemplo é o nosso ar atmosférico, desde que seja filtrado para remover a poeira, basicamente composto por oxigênio 21%, nitrogênio 78%, gás carbônico 0,03% e mais seis gases 0,97% argônio, criptônio, hélio, neônio, radônio e xenônio. 

 Classificação das soluções quanto a solubilidade:
  
Cada substância possui seu coeficiente de solubilidade, oque isso quer dizer? A uma certa temperatura tem uma quantidade máxima de soluto que o solvente consegue dissolver.

Ex:Coeficiente de solubilidade do NaCl 36g/100mL Você consegue dissolver 36g do sal em 100mL á 25°C,mais que isso apresentará corpo de chão,ou seja, o que exeder as 36g vai se depositar no fundo do recipiente.  

 Solução insaturada: Ocorre quando dissolvemos uma quantidade menor de soluto do que o ponto de saturação, no exemplo do NaCl qualquer valor < 36g para 100mL de água dissolvidos tu obterá uma solução insaturada.

Solução saturada: É quando tu atinge o ponto de saturação,ou seja o valor máximo que o solvente consegue dissolver no exemplo do NaCl isso é atingido quando dissolvemos 36g em 100mL a 25°c.

Solução supersaturada: Ocorre quando conseguimos dissolver uma quantidade superior ao coeficiente de saturação sem corpo de chão, como assim?deste modo:

Imagine que eu aqueça a água um pouco e consiga dissolver 40g de NaCl e deixe esse recipiente resfriar lentamente eu conseguirei dissolver uma quantidade superior ao ponto de saturação caracterizando uma solução supersaturada.Pena que ela é muito instável qualquer agitação mais brusca ela precipitará o excesso.

OBS: E quando eu apenas adicionar uma quantidade superior ao coeficiente de saturação, eu terei uma solução supersaturada? Não você terá uma solução saturada com corpo de chão CERTO!!!!



Tipos de soluções

Solução padrão: usadas para fins analíticos contendo uma quantidade exatamente conhecida de um reagente qualquer, na unidade de volume. Essa concentração é expressa com exatidão (quatro casas decimais).


Exemplo: HF 1,2580 M ,veremos em outro tópico como padronizar uma solução de concentração aproximada a partir de um padrão primário.


Soluções não padronizadas:  usadas para fins não analíticos sendo sua concentração aproximada. Não é requerida a mesma exatidão, com relação as soluções  padronizadas.


Exemplo: KOH 1,0 M 



Unidades de concentração:


Podemos estabelecer diferentes relações entre a quantidade de soluto, de solvente e de solução. Tais relações são denominadas genericamente concentrações.


a) Concentração comum (C)

Também chamada concentração em g/L (grama por litro), relaciona a massa do soluto em gramas com o volume da solução em litros.




C = m1/V(L)  

 A unidade utilizada é g/L mas  encontramos em g/mL, g/cm3


Neste exemplo temos 50 g de sulfato de níquel para 1 L desta solução.



b) Densidade da solução (D)

Relaciona a massa e o volume da solução:

Você já deve ter se feito a  seguinte pergunta: Por que um iceberg não afunda? a resposta está na densidade dele, o gelo apresenta uma densidade inferior a da água no estado líquido.




d = m/V     

Geralmente, as unidades usadas são g/mL ou g/cm3.










c) Concentração Molar ou Molaridade

Relaciona o número de mols do soluto com o volume de solução:

M = n/V    onde   n = m1/MM  juntando as duas 


M = m1/MM.V         

A unidade utilizada é mol.L-1.


d)Título relaciona a massa do soluto com a massa da solução.

T= m1/ m

Exemplo: Qual o título de  uma solução de ácido clorídrico que apresenta 436,6 g de soluto e 743,4 g de solvente?
Ora m1= 436,6g, m2= 436,6g + 743,4g  logo o T= 0,37 ou 37%


Onde:

m1= massa do soluto
m2= massa do solvente
m=massa da solução(m1 +m2)
V= volume da solução

MM= massa molar (retirado da tabela periódica somando a massa de cada elemento químico da fórmula do soluto, exemplo: NaOH MM = 23 + 16 +1 = 40 g/mol)



Uma grande dúvida que surge nos acadêmicos é o cálculo de solução envolvendo líquidos, pois geralmente eles envolvem cálculo de título ex: HCl P.A 37% , NH4OH 32%...,para tentar auxiliar nesse sentido segue abaixo o procedimento para um preparo de uma solução de Ácido clorídrico com concentração Molar 0,1 mol.L-1 e uma solução de Hidróxido de sódio com concentração Molar 0,1 mol.L-1.   


Materiais:

Balão volumétrico 1000 mL

Becker de 100 mL

Pêra

Pipeta graduada 10 mL

Pipeta Pasteur

Conta gotas

Bastão de vidro

Funil comum

Frasco plástico para estocar a solução de NaOH(2) cap. 1000 mL

Frasco vidro âmbar para estocar solução de HCl(3) cap. 1000 mL

Balança analítica

Espátula 


Reagentes:
HCl 37%
NaOH P.A
Água destilada

Métodos:

Procedimento1: (preparação de 1000 mL de  HCl 0,1 mol.L-)

Calcula-se o volume a ser utilizado para o preparo do HCl, vou demonstrar de duas maneiras CERTO!!!

Dados do HCl: MM 36,5 g/mol, pureza 37% e densidade 1,18 g/mL

  Primeira maneira!!!

Calculando a massa da solução:

d = m/V    1,18g/mL = m/1000mL  m= 1180 g ou seja a massa de todo frasco é de 1180g.

Agora através da formula do título podemos calcular a massa de HCl na solução deste modo:

T= m1/m  0,37= m1/1180g  m1= 436,6 g então em 1L de solução de HCl 37% temos 436,6g de HCl logo aplicando na fórmula da molaridade temos:  

M = m1 / MM.V  ͢͢ M= 436,6g/36,5g/mol.1L  
M= 11,96 mol.L-1

Então em 1L de HCl 37% temos 11,97 mol de HCl agora a pergunta é quantos mL devo pipetar desta solução para preparar 1L de uma solução 0,1 M?

É só aplicar na fórmula M1.V1= M2.V2  da seguinte maneira: que volume V devo pipetar de uma solução 11,97 M para obter 1000 mL de uma solução 0,1 M  Jogando na fórmula:


11,96M.V1 = 0,1M . 1000mL           V1= 8,4mL

Segunda maneira!!!

Queremos preparar 1L 0,1M, então aplicando na fórmula da molaridade temos o seguinte raciocínio:Que massa de ácido eu necessito para preparar 1L na concentração de 0,1M? aplicando na fórmula:                 

M = m1/MM.V 

0,1M= m1/36,5.1L   m1=3,65g 

Bem mas como pipetar 3,65g de HCl?Simples é só aplicarmos na fórmula da densidade com o seguinte raciocínio: Que volume devo pipetar de um ácido com densidade 1,18g/mL para conter 3,65g desse ácido? aplicando na fórmula:


d = m/V


1,18g/mL= 3,65g/V     V=3,1mL

Caso nosso ácido fosse 100% nossos cálculos terminavam por aqui,porém ele é 37% então vamos ter mais um cálculo assim:

Vamos fazer uma relação volume volume já que para cada 100mL do HCl P.A eu tenho 37 mL do ácido e 63mL do solvente, assim:

37 mL -----------------100mL
3,1mL -----------------  X

X= 8,4mL

Portanto devemos pipetar 8,4 mL da solução concentrada e avolumar  para 1000 mL assim obtendo a concentração de 0,1M desejada.CERTO!!! Os cálculos envolvendo título vão sempre assim, portanto devemos sempre ter estas fórmulas em mente!!!


Obs: Antes do procedimento experimental cabe salientar sobre um erro comum que acontece em laboratórios, o chamado erro de paralaxe que está associado ao modo de posição da visão ao acertar o menisco no traço de referência nas vidrarias volumétricas.

 O procedimento adequado está na linha central o menisco deve ser visualizado na altura dos olhos.Outra observação importante é que caso necessite levantar a vidraria volumétrica para acertar o volume a mesma nunca deve ser "agarrada" pela parte inferior, pois a temperatura da mão pode ocasionar uma dilatação no líquido causando um erro no volume final.



Menisco: ângulo formado pelo líquido com as paredes da vidraria, pode ser côncavo ou convexo exemplo: Hg2 , depende da natureza da substância, normalmente são côncavos.



OBS: No caso da solução ser muito  escura devemos tomar como referência a parte superior do menisco,ou seja as bordas.




Procedimento experimental:

Coloca-se em um balão volumétrico de 1000 mL, uma alíquota de água destilada, adiciona-se 8,4 mL de HCl P.A(4) com auxílio da pipeta graduada e pêra de sucção em capela de exaustão, completa-se com água destilada até o traço de referência do balão, cuidando para que o menisco (ângulo formado pelo liquido com as paredes do balão), tangencie-o, a adição final de água destilada deve ser feita com pipeta Pasteur para evitar que passe do traço de referência. Tampa-se o balão, agita-se e inverte-se por pelo menos 10 vezes para homogenizar o sistema. Transferi-se a solução preparada com auxílio de um funil ao recipiente de vidro âmbar, identifica-se com nome do ácido, concentração, data de preparo e responsável pela preparação.

Procedimento 2: (preparo de 1000 ml da NaOH 0,1 mol.L-1)

Calcula-se a massa a ser utilizado para o preparo do NaOH:
Dados do NaOH : MM 40 g/mol 

Muito fácil, quando é sólido puro é só aplicar direto na fórmula da molaridade, assim:


M = m1 / MM.V    

0,1mol/L = m1 / 40 g/mol x1L  

m1= 4,0 g


Procedimento experimental:

Pesa-se no Becker quantitativamente 4,0g de NaOH P.A(4) em balança analítica anteriormente calibrada.  Adiciona-se água destilada ao Becker, dissolve-se com auxílio de um bastão de vidro até que o soluto esteja completamente dissolvido na solução, esfria-se em capela, transfere-se para o balão volumétrico de 1000 mL, completa-se com água destilada até o traço de referência do balão, cuidando para que o menisco formado pela solução  tangencie-o, a adição final de água destilada deve ser feita com pipeta Pasteur. Tampa-se o balão, agita-se e inverte-se por pelo menos 10 vezes. Transferi-se a solução preparada com auxílio de funil ao recipiente plástico, identifica-se com nome da base, concentração, data de preparo e responsável pela preparação.


Diluição de soluções:

Veremos agora como fazer uma diluição de uma solução:


Vamos pegar como exemplo 1 L de de uma solução de hidróxido de sódio (NaOH) 3M, apartir desta preciso fazer 1L de uma solução 2,5M como proceder??

Bem Simples!! é só aplicar na fórmula da diluição com o seguinte raciocínio: Que volume V1 devo pipetar de uma solução 3M para preparar 1L de uma Solução 2,5M assim:


M1.V1= M2.V2  


3M.V1=2,5M.1000mL  

   V1= 833,3mL

Logo meço este volume, transfiro-o quantitativamente para um balão volumétrico de 1000mL e completo o volume com água destilada.

Comentários: 

(1) Como a água é considerada solvente universal, em alguns casos o soluto está em maior quantidade exemplo: álcool 70% tu tem 70mL de álcool e 30mL de água,note a água está em menor quantidade.  

(2) Bases devem ser armazenadas em frascos de plástico, pois atacam o vidro.

(3) Ácidos devem ser armazenados em frascos de vidro, já que algumas misturas oxidantes podem atacar o plástico, com exceção do ácido fluorídrico (HF) e o ortofosfórico à quente (H3PO4) que devem ser sempre armazenados em plástico. 

 OBS: Industrialmente é comum o uso de bombonas de 50 L de ácido clorídrico por exemplo, comercializados em bombonas de polietileno de alta densidade corretamente, o problema está em utilizar plástico para misturas oxidantes de ácidos que acabam  atacando-o, por isso o indicado para ácidos no geral é o vidro.


(4) Reagente P.A ou Pró análise: São aqueles empregados nas análises comuns.Trazem no rótulo um certificado de análise com as impurezas máximas que pode conter. Aqueles de melhor qualidade trazem os termos ACS Reagente, isto é a garantia que o fabricante segue as especificações da americam Chemical Society , e que realizou testes de pureza por esta entidade. Os bons reagentes têm um selo de garantia plástico que vem junto a tampa e que não pode ser violado. As principais marcas são Merck, Baker,Vetec...



Em desenvolvimento... 


segunda-feira, 21 de maio de 2012

Segurança em Laboratórios Químicos.


  Laboratório de Química é um local sério, portanto é imprescindível trabalharmos com responsabilidade, cuidado e atenção!!!Antes de qualquer tarefa devemos ter o devido conhecimento do local onde vamos trabalhar, agentes extintores, saídas de emergência, chuveiro de emergência, toxidade  dos reagentes a serem manipulados entre outros e, aliado a isso, devemos portar os devidos EPIs(óculos de segurança, jaleco de algodão(1), luvas adequadas à substância a ser manipulada e mascara facial quando necessário). 

Comportamento no laboratório:


  • Utilizar sempre jaleco, óculos de segurança, calça comprida, sapatos fechados e caso o cabelo seja comprido prender o mesmo para trás, pois o risco de acidente em chamas e soluções concentradas é constante. 
  • Não descarte resíduos na pia sob hipótese alguma, os mesmos devem ser colocados em frascos bem identificados para posterior tratamento adequado pelo profissional responsável.
  • Nunca adicione água sobre o ácido, sempre  o ácido sobre a água.
  • Substâncias que liberam gases tóxicos devem ser manipuladas em capela com exaustão sempre!
  • Nunca ingerir qualquer tipo de alimento, bebidas ou semelhantes no laboratório.
  • Não fume no laboratório!
  • Nunca manipule substâncias inflamáveis próximo a chamas como o bico de bunsen e lamparinas.
  • Não pipete nada com a boca, utilize sempre para isso pêra de sucção.
  • Tome cuidado com vidro quente, procure identifica-lo sempre! lembre que o vidro quente e o vidro frio tem a mesma "cara" e seus colegas podem se queimar seriamente.
  • Não prove nada no laboratório, sempre que precisares sentir o "cheiro" de alguma substância  não cheire diretamente o frasco faça movimentos com a mão trazendo o aroma próximo ao nariz.
  • Não fique de brincadeiras no laboratório pois o mesmo é um local sério.
  • Tenha humildade, se não souber manipular alguma substância pessa ajuda ao profissional responsável.


Lembre-se!!! 

O seu primeiro acidente pode ser o último"
"Os acidentes não acontecem, são causados"


Primeiros socorros!!

Em caso de substâncias químicas  em contato com os olhos lavar com água corrente durante pelo menos 15 minutos no lava olhos e procurar auxílio médico.

Em caso de derramamento de substâncias corrosivas pelo corpo utilizar imediatamente o chuveiro de segurança!!! 


Fogo no laboratório como agir?

1° Manter a calma e evacuar a área.
2° Entrar em contato com o corpo de bombeiros local 193 
3°Com todos EPI´s adequados pegue a manta corta fogo e cubra-o  caso sua intensidade deixe você se aproximar do mesmo.
4° Caso com a manta não seja possível, se dirija ao extintor mais próximo observando o mais adequado segundo as classes citadas abaixo . 

Caso alguma pessoas esteja pegando fogo como agir?

Cubra a pessoa com uma manta corta fogo, caso a intensidade seja elevada coloque ela embaixo do chuveiro de emergência.




Classes do fogo e uso adequado dos extintores:

 CLASSE A: Ocorre quando o fogo é identificado em materiais sólidos que deixam resíduos, como madeira, papel, tecido e borracha.

 CLASSE B: Ocorre quando a queima acontece em líquidos inflamáveis, graxas e gases combustíveis. 

 CLASSE C: Ocorre quando a queima ocorre  em equipamentos elétricos energizados. A extinção deve ser feita por agente extintor que não conduza eletricidade. 
 CLASSE D: Classe de incêndio, que tem como combustível os metais pirofóricos, como magnésio, selênio, antimônio, lítio, potássio, alumínio fragmentado, zinco, titânio, sódio, urânio e zircônio.


Tipos de Agentes extintores:
        

        Pó Químico  Quebra a reação em cadeia, interrompendo o processo de combustão. Há várias composições de pós, divididas em tipo BC (líquidos inflamáveis e energia elétrica); ABC (múltiplo uso, polivalente, para fogo em sólidos, líquidos inflamáveis e eletricidade); e D(metais combustíveis).


Compostos Halogenados - Compostos químicos que provocam a quebra da reação em cadeia. Também agem por abafamento. Não danificam equipamentos eletrônicos sensíveis. São aplicáveis para as classes de fogo A,B e C.


Gás Carbônico (CO2) - Age por abafamento, e por resfriamento em ação secundária. É um gás sem cheiro, sem cor e não conduz eletricidade, sendo recomendado na extinção de fogo classes B e C. É asfixiante e por isso deve-se evitar o seu uso em ambientes pequenos.


Espuma Mecânica - Age primeiro por abafamento e de forma secundária por resfriamento. Quando a espuma é do tipo AFFF, o líquido drenado forma um filme aquoso na superfície do combustível, dificultando a reignição. É ideal para extinguir fogo classe B. Também é eficiente na extinção de fogo classe A.
 


Água - Age inicialmente por resfriamento. Sua ação por abafamento ocorre devido à sua capacidade de transformação em vapor, na razão de 1 litro de água para 1.500 litros de vapor. Específico para classe A.


OBS: Alguns autores trazem mais uma classe de fogo Classe K  que seria de fogo em cozinhas com óleos e gorduras.


Simbologias:


Diamante de Hommel

   Uma simbologia bastante aplicada em vários países,no entanto sem obrigatoriedade.


Os riscos representados são os seguintes:


Diamante de Hommel

VERMELHO - INFLAMABILIDADE, onde os riscos são os seguintes:
4 - Gases inflamáveis, líquidos muito voláteis, materiais pirotécnicos
3 - Produtos que entram em ignição a temperatura ambiente
2 - Produtos que entram em ignição quando aquecidos moderadamente
1 - Produtos que precisam ser aquecidos para entrar em ignição
0 - Produtos que não queimam

AZUL - PERIGO PARA SAÚDE, onde os riscos são os seguintes:
4 - Produto Letal
3 - Produto severamente perigoso
2 - Produto moderadamente perigoso
1 - Produto levemente perigoso
0 - Produto não perigoso ou de risco mínimo

AMARELO - REATIVIDADE, onde os riscos são os seguintes:
4 - Capaz de detonação ou decomposição com explosão a temperatura ambiente
3 - Capaz de detonação ou decomposição com explosão quando exposto a fonte de energia severa
2 - Reação química violenta possível quando exposto a temperaturas e/ou pressões elevadas
1 - Normalmente estável, porém pode se tornar instável quando aquecido
0 - Normalmente estável

BRANCO - RISCOS ESPECIAIS, onde os riscos são os seguintes:
OXY   Oxidante forte
ACID  Ácido forte
ALK   Alcalino forte
 W      Não utilize água
Radiativo

 Uma observação muito importante a ser colocada quanto à utilização do Diamante de HOMMEL é que o mesmo não indica qual é a substância química em questão mas apenas os riscos envolvidos; ou seja quando considerado apenas o Diamante de HOMMEL sem outras formas de identificação este método de classificação não é completo.

Símbolos de segurança em reagentes químicos:





                                                     



Frases de Risco e Segurança

Também conhecidas como frases R/S , é um sistema de códigos de risco e frases para descrição de compostos químicos perigosos, no laboratório encontradas nos rótulos dos reagentes. As frases R/S consistem de frases indicadoras de riscos específicos (frases R), indicado pela letra R , e frases de recomendações de prudência (frases S) indicadas pela letra S . Essas letras são seguidas de uma número, cuja combinação indica uma única frase que possui o mesmo significado em diferentes idiomas.
Há ainda a possibilidades de combinações entre frases indicadoras de risco, onde os números (precedidos pela letra R) são separados por um hífen (-), quando se trata de indicações distintas, referentes a riscos (R) específicos, por um traço oblíquo (/), quando se trata de uma indicação combinada, reunindo numa só frase a menção aos riscos específicos.É previsto, pela diretiva atual, que todos os produtos químicos possuam em sua embalagem as frases R e frases S correspondente a substância química em seu conteúdo. 

Frases de risco (Frases R)

R1  : Explosivo no estado seco.
R2  : Risco de explosão por choque, fricção, fogo ou outras fontes de ignição.
R3  : Grande risco de explosão por choque, fricção, fogo ou outras fontes de ignição.
R4  : Forma compostos metálicos explosivos muito sensíveis.
R5  : Perigo de explosão sob a acção do calor.
R6  : Perigo de explosão com ou sem contacto com o ar.
R7  : Pode provocar incêndio.
R8  : Favorece a inflamação de matérias combustíveis.
R9  : Pode explodir quando misturado com matérias combustíveis.
R10  : Inflamável.
R11  : Facilmente inflamável.
R12  : Extremamente inflamável.
R14  : Reage violentamente em contacto com a água.
R15  : Em contacto com a água liberta gases extremamente inflamáveis.
R16  : Explosivo quando misturado com substâncias comburentes.
R17  : Espontaneamente inflamável ao ar.
R18  : Pode formar mistura vapor-ar explosiva/inflamável durante a utilização.
R19  : Pode formar peróxidos explosivos.
R20  : Nocivo por inalação.
R21  : Nocivo em contacto com a pele.
R22  : Nocivo por ingestão.
R23  : Tóxico por inalação.
R24  : Tóxico em contacto com a pele.
R25  : Tóxico por ingestão.
R26  : Muito tóxico por inalação.
R27  : Muito tóxico em contacto com a pele.
R28  : Muito tóxico por ingestão.
R29  : Em contacto com a água liberta gases tóxicos.
R30  : Pode tornar-se facilmente inflamável durante o uso.
R31  : Em contacto com ácidos liberta gases tóxicos.
R32  : Em contacto com ácidos liberta gases muito tóxicos.
R33  : Perigo de efeitos cumulativos.
R34  : Provoca queimaduras.
R35  : Provoca queimaduras graves.
R36  : Irritante para os olhos.
R37  : Irritante para as vias respiratórias.
R38  : Irritante para a pele.
R39  : Perigo de efeitos irreversíveis muito graves.
R40  : Possibilidade de efeitos cancerígenos.
R41  : Risco de lesões oculares graves.
R42  : Pode causar sensibilização por inalação.
R43  : Pode causar sensibilização em contacto com a pele.
R44  : Risco de explosão se aquecido em ambiente fechado.
R45  : Pode causar cancro.
R46  : Pode causar alterações genéticas hereditárias.
R48  : Risco de efeitos graves para a saúde em caso de exposição prolongada.
R49  : Pode causar cancro por inalação.
R50  : Muito tóxico para os organismos aquáticos.
R51  : Tóxico para os organismos aquáticos.
R52  : Nocivo para os organismos aquáticos.
R53  : Pode causar efeitos nefastos a longo prazo no ambiente aquático.
R54  : Tóxico para a flora.
R55  : Tóxico para a fauna.
R56  : Tóxico para os organismos do solo.
R57  : Tóxico para as abelhas.
R58  : Pode causar efeitos nefastos a longo prazo no ambiente.
R59  : Perigoso para a camada de ozono.
R60  : Pode comprometer a fertilidade.
R61  : Risco durante a gravidez com efeitos adversos na descendência.
R62  : Possíveis riscos de comprometer a fertilidade.
R63  : Possíveis riscos durante a gravidez com efeitos adversos na descendência.
R64  : Pode causar danos às crianças alimentadas com leite materno.
R65  : Nocivo: pode causar danos nos pulmões se ingerido.
R66  : Pode provocar secura da pele ou fissuras, por exposição repetida.
R67  : Pode provocar sonolência e vertigens, por inalação dos vapores.
R68  : Possibilidade de efeitos irreversíveis.

Combinações das frases de risco

R14/15  : Reage violentamente com a água libertando gases extremamente inflamáveis.
R15/29  : Em contacto com a água liberta gases tóxicos e extremamente inflamáveis.
R20/21  : Nocivo por inalação e em contacto com a pele.
R20/22  : Nocivo por inalação e ingestão.
R20/21/22: Nocivo por inalação, em contacto com a pele e por ingestão.
R21/22  : Nocivo em contacto com a pele e por ingestão.
R23/24  : Tóxico por inalação e em contacto com a pele.
R23/25  : Tóxico por inalação e ingestão.
R23/24/25  : Tóxico por inalação, em contacto com a pele e por ingestão.
R24/25  : Tóxico em contacto com a pele e por ingestão.
R26/27  : Muito tóxico por inalação e em contacto com a pele.
R26/28  : Muito tóxico por inalação e ingestão.
R26/27/28  : Muito tóxico por inalação, em contacto com a pele e por ingestão.
R27/28  : Muito tóxico em contacto com a pele e por ingestão.
R36/37  : Irritante para os olhos e vias respiratórias.
R36/38  : Irritante para os olhos e pele.
R36/37/38  : Irritante para os olhos, vias respiratórias e pele.
R37/38  : Irritante para as vias respiratórias e pele.
R39/23  : Tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por inalação.
R39/24  : Tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves em contacto com a pele.
R39/25  : Tóxico: perigo de efeitos irreversíveis muito graves por ingestão.

Frases de segurança (Frases S)

S1 : Conservar bem trancado
S2 : Manter fora do alcance das crianças
S3 : Conservar em lugar fresco
S4 : Manter longe de lugares habitados
S5 : Conservar em... (líquido apropriado a especificar pelo fabricante) (2)
S6 : Conservar em ... (gás inerte a especificar pelo fabricante) (3)
S7 : Manter o recipiente bem fechado
S8 : Manter o recipiente ao abrigo da humidade
S9 : Manter o recipiente num lugar bem ventilado
S10 : Manter o conteúdo húmido
S11 : Evitar o contacto com o ar
S12 : Não fechar o recipiente hermeticamente
S13 : Manter longe de comida, bebidas incluindo os dos animais
S14 : Manter afastado de... (materiais incompatíveis a indicar pelo fabricante)
S15 : Conservar longe do calor
S16 : Conservar longe de fontes de ignição - Não fumar
S17 : Manter longe de materiais combustíveis
S18 : Abrir manipular o recipiente com cautela
S20 : Não comer nem beber durante a utilização
S21 : Não fumar durante a utilização
S22 : Não respirar o pó
S23 : Não respirar o vapor/gás/fumo/aerossol
S24 : Evitar o contacto com a pele
S25 : Evitar o contacto com os olhos
S26 : Em caso de contacto com os olhos lavar imediata abundantemente em água e chamar um médico
S27 : Retirar imediatamente a roupa contaminada
S28 : Em caso de contacto com a pele lavar imediata e abundantemente com... (produto adequado a indicar pelo fabricante) (4)
S29 : Não atirar os resíduos para os esgotos
S30 : Nunca adicionar água ao produto
S33 : Evitar a acumulação de cargas electrostáticas
S34 : Evitar choques e fricções
S35 : Eliminar os resíduos do produto e os seus recipientes com todas as precauções possíveis
S36 : Usar vestuário de protecção adequado
S37 : Usar luvas adequadas
S38 : Em caso de ventilação insuficiente usar equipamento respiratório adequado
S39 : Usar protecção adequada para os olhos/cara
S40 : Para limpar os solos e os objectos contaminados com este produto utilizar ...(e especificar pelo fabricante)
S41 : Em caso de incêndio e/ou explosão não respirar os fumos
S42 : Durante as fumigações/pulverizações, usar equipamento respiratório adequado (denominação(ões) adequada(s) a especificar pelo fabricante
S43 : Em caso de incêndio usar... (meios de extinção a especificar pelo fabricante. Se a água aumentar os riscos acrescentar "Não utilizar água")
S44 : Em caso de indisposição consultar um médico (se possível mostrar-lhe o rótulo do produto)
S45 : Em caso de acidente ou indisposição consultar imediatamente um médico (se possível mostrar-lhe o rótulo do produto)
S46 : Em caso de ingestão consultar imediatamente um médico e mostrar o rótulo ou a embalagem
S47 : Conservar a uma temperatura inferior a ... ºC (a especificar pelo fabricante)
S48 : Conservar húmido com ... (meio apropriado a especificar pelo fabricante) (5)
S49 : Conservar unicamente no recipiente de origem
S50 : Não misturar com ... (a especificar pelo fabricante)
S51 : Usar unicamente em locais bem ventilados
S52 : Não usar sobre grandes superfícies em lugares habitados
S53 : Evitar a exposição – obter instruções especiais antes de usar
S54 : Obter autorização das autoridades de controlo de contaminação antes de despejar nas estações de tratamento de águas residuais
S55 : Utilizar as melhores técnicas de tratamento antes de despejar na rede de esgotos ou no meio aquático
S56 : Não despejar na rede de esgotos nem no meio aquático. Utilizar para o efeito um local apropriado para o tratamento dos resíduos
S57 : Utilizar um contentor adequado para evitar a contaminação do meio ambiente
S58 : Elimina-se como resíduo perigoso
S59 : Informar-se junto do fabricante de como reciclar e recuperar o produto
S60 : Elimina-se o produto e o recipiente como resíduos perigosos
S61 : Evitar a sua libertação para o meio ambiente. Ter em atenção as instruções específicas das fichas de dados de Segurança
S62 : Em caso de ingestão não provocar o vómito: consultar imediatamente um médico e mostrar o rótulo ou a embalagem

Frases combinadas

S1/2 : Conservar bem trancado e manter fora do alcance das crianças
S3/7/9 : Conservar o recipiente num lugar fresco, bem ventilado e manter bem encerrado
S3/9 : Conservar o recipiente num lugar fresco e bem ventilado
S3/9/14 : Conservar num local fresco, bem ventilado e longe de ... (materiais incompatíveis a especificar pelo fabricante)
S3/9/14/49 : Conservar unicamente no recipiente original num local fresco, bem ventilado e longe de ... (materiais incompatíveis a especificar pelo fabricante)
S3/9/49 : Conservar unicamente no recipiente original, em lugar fresco e bem ventilado
S3/14 : Conservar em lugar fresco e longe de ... (materiais incompatíveis a especificar pelo fabricante)
S7/8 : Manter o recipiente bem fechado e num local fresco
S7/9 : Manter o recipiente bem fechado e num local ventilado
S20/21 : Não comer, beber ou fumar durante a sua utilização
S24/25 : Evitar o contacto com o s olhos e com a pele
S36/37 : Usar luvas e vestuário de protecção adequados
S36/37/39 : Usar luvas e vestuário de protecção adequados bem como protecção para os olhos/cara
S36/39 : Usar vestuário adequado e protecção para os olhos/cara
S37/39 : Usar luvas adequadas e protecção para os olhos/cara
S47/49 : Conservar unicamente no recipiente original e a temperatura inferior a ...ºC (a especificar pelo fabricante)

Comentários

(1)Jaleco deve ser sempre de algodão e manga comprida, pois é natural respingos com substâncias corrosivas, jalecos de outros materias como Nylon não são indicados, pois em caso de acidente com fogo, por exemplo, podem aderir no corpo.
(2) poderá ser água, parafina líquida, petróleo ou outro, dependendo da substância em causa.
(3) poderá ser azoto, árgon, ou outro, dependendo da substância em causa.
(4) poderá ser água, solução de sulfato de cobre a 2%, glicol propilénico, polietilenglicol/etanol (1:1), água e sabão ou outro, dependendo da substância em causa.
(5) poderá ser água, petróleo, parafina líquida ou outro, dependendo da substância em causa.
(nota: combinações em que falte o número S indicam frases que foram apagadas ou substituídas por outras.)


Em desenvolvimento....